Acordo com a mão dele entre as minhas coxas. Sonhava com chuva escorrendo pelos dedos. Não abro os olhos. Abro um pouco as pernas. Água viva. Ah. Sonhava com o mar deixando a pele salgada. Sim, a água aqui é viva e ele não sabe que não estou mais dormindo, que abro um pouco os olhos e o vejo.
Tento ter um mínimo de ordem. Mas como organizar a corrente? Quem se apaixona não quer conselhos.
Nada que diga tenha calma. Não quero ter calma. Não coloco uma parte do corpo de cada vez, como quem entra na água fria. Vou inteira (me coloco inteira). Dentro da paixão não há mínimo. Socorro.
4 comentários:
Anônimo disse...
Que texto lindo! A água viva se mistura com as outras águas, não? "A água aqui é viva..." Não conhecia teu blog, me chamou a atenção o nome. Adorei e vou vir sempre.
Marcinha
Quarta-feira, 03 Agosto, 2005
Anônimo disse...
..'Tento ter um mínimo de ordem. Mas como organizar a corrente? Quem se apaixona não quer
conselhos..."
Isso é lindo e tão universal !!
Que bom Claudia ver em seu blog ,imagens cores e letras tão especiais !
simone
Quarta-feira, 03 Agosto, 2005
UAU!!!!!!
Isso é que é paixão, entrega, tudo aquilo que a gente sabe. Muito lindo. Deu prazer a leitura final e a do teu site, que é esperto e profundo.
I'll be back!
Sou eu de novo! Sabe por quê? Hoje vim gravar os seus escritos, e para cada um dos escritos eu fiz um comentário, mas não saíram impressos. Ai, esses computadores com TPM são um caso sério!
Beijos
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